SOCIEDADE, SOCIEDADES: EPISTEMOLOGIA PARA ESTABELECER PRINCIPIOS DE UMA TEORIA SOCIAL DA ENUNCIAÇÃO

Autores

  • Silvana Silva
  • Bárbara Malcorra

Resumo

Em “Estrutura da língua, estrutura da sociedade”, encontramos uma das afirmações do linguista Émile Benveniste mais criticadas por algumas vertentes da Sociologia, qual seja, a de que a língua inclui a sociedade, mas que a sociedade não inclui a língua. (PLG I, p. 98). Não pretendemos analisar detidamente tal crítica. Este artigo procura estabelecer os fundamentos epistemológicos para a discussão e a formação conceitual de uma rede conceitual em torno da noção de “sociedade” a partir do ponto de vista de uma teoria da linguagem. (BOUQUET, 1998; FLORES, 2005; NORMAND, 2006; NORMAND, 2009). Inicialmente, apresentamos uma discussão epistemológica sobre a necessidade de se constituir seja uma “linguística”, seja uma “teoria” da enunciação para pensar as relações entre língua e sociedade. (FLORES, 2001; FLORES, 2012; FLORES, 2013; TEIXEIRA, 2000). Em seguida, faremos uma leitura de alguns dos textos de Benveniste que abordam a noção da sociedade, a saber, os capítulos “Cidades, comunidades” e “A hospitalidade” de O vocabulário das instituições indo-europeias I. Essa leitura serve para elaborar Princípios de uma Teoria Social da Enunciação, entre os quais, o de que  noção de sociabilidade depende da capacidade de um povo produzir em sua língua dupla designação para si mesmo a partir de sua ‘pátria’ e a partir do  ‘estrangeiro’.

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Publicado

21-12-2016