MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA E EXPERIÊNCIAS LINGUÍSTICAS EMERGENTES: UMA PROPOSTA DE LEITURA A PARTIR DA TEORIA DA COGNIÇÃO DISTRIBUÍDA
Resumo
Na época em que vivemos, a presença crescente de artefatos tecnológicos no nosso cotidiano influencia, de maneira decisiva, a forma como interagimos com o mundo. As tecnologias cognitivas não apenas ampliam nossa capacidade de organização cognitiva, mas, também, modelam os próprios processos cognitivos que mobilizamos na condução de uma atividade por elas mediada, dentre estes, a linguagem. Este artigo propõe a teoria da Cognição Distribuída como modelo teórico-conceitual adequado para a investigação de processos cognitivos, inclusive a linguagem, numa plataforma que integre indivíduo e ambiente. Partindo de uma noção de cognição como fenômeno distribuído, apresentamos a linguagem como instrumento organizador da cognição e comentamos como a nossa relação com o mundo, estruturada por artefatos mediadores, abre possibilidades concretas de experiências multilinguais. Por fim, sugerimos possibilidades de futuras investigações que têm o potencial de iluminar o conhecimento nesta área.
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