Um nazista na Volkswagen do Brasil: Franz Stangl e a cooperação entre militares e industriais durante a ditadura militar brasileira

Autores

  • Felipe Cittolin Abal

DOI:

https://doi.org/10.23871/dimensoes-n38-16814

Resumo

A existência de apoio ao golpe civil-militar de 1964 no Brasil por parte das elites econômicas é um fato bem explorado pela historiografia brasileira. O objetivo deste artigo é trazer à luz a existência de um esquema de vigilância dentro da fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo voltada para a colaboração com o regime ditatorial militar e, especialmente, o papel de Franz Stangl, um criminoso nazista, na formatação do sistema de controle dos trabalhadores e sua execução. Stangl não se tratava meramente de um membro do partido nazista, mas sim de um ex-Comandante de dois campos de extermínio durante a Segunda Guerra Mundial, sendo responsável, direta ou indiretamente, pelo assassinato de milhares de pessoas. O aproveitamento da experiência anterior do nazista pela Volkswagen foi de utilidade para o esquema de vigilância e colaboração montado dentro da fábrica.

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Publicado

30-06-2017

Edição

Seção

Artigos