A importância de uma estética quantitativa posta a serviço da busca do sentido da obra de arquitetura
Resumo
O trabalho que agora apresentamos não é excludente. Ele não propõe a substituição ou sequer acusa as metodologias discursivas de consideração da forma na historia e na critica da arte e da arquitetura de quaisquer deficiências. Dentre as abordagens textuais discursivas, ha um tipo de texto "fenomenológico" (na falta de palavra mais precisa) que entendemos, grosso modo, ser o texto de critica de arte (mais ou menos contextualizado) que, tal qual o ensaio sobre as ninfeias de Monet e outros com mesmo procedimento crítico contidos em O Direito de sonhar de Gastón Bachelard, evita uma análise estrutural da obra de arte (não necessariamente estruturalista) e tece algo similar aquilo que os irmãos Campos mais Décio Pigantari, do concretismo paulista de meados do século XX em diante, chamaram de "transcrição"; ou seja, urn tipo de "tradução" que recria o original (poesia, no caso do Grupo Noigandres, pintura, no texto de Bachelard) na forma de uma segunda obra (também em poesia, para o Noigandres, mas, para quem e da visualidade de critica) que e obra com certa urdidura poética. [...]