Estado da Arte da formação docente para a Educação do Campo em periódicos das Universidades Públicas Brasileiras do centro-oeste/sudeste/nordeste entre 2008 a 2018

Autores

  • Pedro Antônio Martins de Souza Universidade Federal do Espírito Santo
  • João Paulo Casaro Erthal Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo

Discutir a produção acadêmica sobre formação de professores para atuarem na educação do campo representa o mote desta pesquisa, cujas bases de dados incluem o acervo das revistas de educação de dez universidades públicas situadas no eixo geográfico centro-oeste/sudeste/nordeste do país com o qual desenhamos o estado da arte do tema supracitado. Não obstante, ao identificarmos o módico quantitativo de publicações, tratamos de analisar na íntegra cada artigo, bem como, refletir criticamente sobre seu teor e, ao mesmo tempo, entretecê-los com o objetivo de apresentar o encadeamento dos roteiros acadêmicos dos artigos analisados neste trabalho.

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Biografia do Autor

Pedro Antônio Martins de Souza, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestrado em Ensino, Educação Básica e Formação de Professores (UFES), Graduado em Pedagogia (UNIRIO); Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos (UNESA); Licenciado em História (UNIFSJ); Normal Superior (FAETEC). Pós-graduado em Educação Tecnológica (CEFET/RJ), Docência do Ensino Superior (UNIFSJ), Gestão da Educação (FASE), Educação Ambiental (UCB) e Gestão da Educação (UCB). Professor há mais de 10 anos, possui experiência na Educação Básica, Técnica e Superior, nas modalidades presencial e a distância. Pesquisador nas linhas de formação de professores, educação básica, educação campesina, educação e trabalho, educação e economia

João Paulo Casaro Erthal, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em Licenciatura em Física pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2003), Mestrado em Ciências Naturais, na linha de pesquisa Ensino de Ciências, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2006) e Doutorado em Ciências Naturais, na linha de pesquisa Ensino de Ciências, pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (2011). Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do Espírito Santo. Tem experiência na área de Física, com ênfase em ensino de Física, história da ciência, metodologias de ensino e práticas de laboratório didático.

Referências

Entre as dificuldades enfrentadas pelos estudantes, a precarização da infraestrutura para o desenvolvimento das atividades do curso foi ressaltada, apresentando-se como um fator que pode inviabilizar a permanência, a aprendizagem e a conclusão do curso pelos estudantes. A pouca aproximação de gestores, professores e estudantes com a trajetória e as demandas políticas educacionais dos movimentos sociais do campo também foi pontuada como um limitador para a consolidação do curso, uma vez que interfere nos processos de formação de educadores, desencadeando dúvidas e inseguranças nos estudantes sobre a consistência teórica e a pertinência da proposta metodológica do curso e suas implicações na formação acadêmica em relação aos discentes de outros cursos e na indefinição de atuação dos egressos no mercado de trabalho. (HAGE, SILVA; BRITO, 2016, p. 171)

[...] a questão agrária, a pesquisa e a docência são os fios condutores do currículo [...]”, explica D’Agostini e Titto, (2014, p. 156).

[...] Oriundos das áreas de formação específicas, muitos docentes não apresentam experiência prévia com Educação do Campo e desconhecem a luta histórica, de modo que ainda temos dificuldade em construir uma articulação em torno da Educação do Campo. A construção de um coletivo de trabalho depende da disponibilidade individual para uma construção coletiva, o que não é fácil por dentro das universidades hoje, com o avanço da pressão sobre a produção individual do docente (ANJOS, 2015, p. 373).

Defendemos também um currículo onde se discuta o trabalho como fundante do ser social; correntes epistemológicas e sua consequência na produção do conhecimento científico; o papel da história no ensino de ciências; relações entre ciência, tecnologia e sociedade; discussões sobre ética e ambiente na sociedade contemporânea; a geopolítica mundial dominante, com sua dualidade estrutural: campo x cidade; as relações entre as formas de produzir conhecimento, bens materiais e relações sociais. Um currículo desta natureza tem como objetivo superar a matriz curricular de base empírico-analítica que tem predominado nos cursos de formação de professores [...] (ANUNCIAÇÃO, NETO E MORADILLO, 2015, p. 245).

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Publicado

31-05-2019

Edição

Seção

Artigos