Começo, meio, começo: centralidade das relações étnico-raciais na formação em Serviço Social
DOI:
https://doi.org/10.22422/temporalis.2025v25n49p55-71Palavras-chave:
Relações étnico-raciais, Centralidade, Formação Profissional, Serviço SocialResumo
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a centralidade das relações étnico-raciais na formação e no trabalho profissional da/o assistente social. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e bibliográfica, em que se utiliza o método materialista histórico-dialético. Infere-se que, ao longo da trajetória profissional, houve um ensurdecimento quanto a temática em decorrência dos racismos e do mito da democracia racial, além do apagamento dos protagonismos de assistentes sociais negras/os. Entretanto, é a partir das pesquisas, militância e atuação delas/es que o Serviço Social passa a incorporar o debate como bandeira de luta, atrelada ao seu Projeto Ético-Político, em direção à transformação social.
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