‘Da Líbia toda a costa mediterrânea está em seu poder’
a expansão romana na África a partir da ‘Geografia’ de Estrabão
DOI:
https://doi.org/10.29327/Palavras-chave:
Expansão, Território, Roma, África, EstrabãoResumo
Neste artigo, objetivamos analisar como o geógrafo grego Estrabão de Amásia (64 AEC–24 EC) enunciou o processo de expansão territorial romano no norte da África. Para isto, examinamos o Livro XVII da Geografia, que contém a descrição da Líbia. As relações estabelecidas entre romanos e povos líbios foram marcadas pela colaboração e pelo conflito. Estrabão, ao longo do seu discurso, faz referência a Roma e às ações de seus agentes em toda a oikoumene, compreendendo a expansão romana na Líbia como um processo iniciado no período republicano e em vigência em sua época. Conclui-se que tal expansão é evidenciada pela terminologia; exploração de recursos locais; instituição de províncias; e pela presença de agentes a serviço de Roma no território norte-africano.
Downloads
Referências
Documentação textual
ESTRABÓN. Geografía. Libros XV–XVII. Traducción de Juan Luis García Alonso, Maria Paz de Hoz García-Bellido y Sofía Torallas Tovar. Madrid: Gredos, 2015.
ESTRABÓN. Geografía: Libros I–II. Traducción de J. L. García Ramón y J. García Blanco. Madrid: Gredos, 1991.
ESTRABÓN. Geografía: Libros V–VII. Traducción de José Vela Tejada y Jesús Gracia Artal. Madrid: Gredos, 2016.
FLORO. Epítome de la Historia de Tito Livio. Traducción de G. Hinojo Andrés e Isabel Moreno Ferrero. Madrid: Gredos, 2000.
HOMER. The Odyssey: Books I–XII. Translated by A. T. Murray. Cambridge: Harvard University. v. 1.
STRABON. Géographie: Livre XVII. L’Afrique, de l’Atlantique au Golfe de Soloum. Traduit par Benoît Laudenbach et Jehan Desanges. Paris: Les Belles Lettres, 2014. 2ª partie.
Obras de apoio
ABULAFIA, D. The Great Sea: a human history of the Mediterranean. Oxford: Oxford University, 2011.
ARNAUD, P. Pouvoir des mots et limites de la cartographie dans la géographie grecque et romaine. Dialogues d’Histoire Ancienne, v. 15, n. 1, p. 9-29, 1989.
AUJAC, G. Strabon et la science de son temps. Paris: Les Belles Lettres, 1966.
BOCKMANN, R. African Rome: the city of Carthage from its Roman (re-)foundation to the end of the Byzantine Period. In: HITCHNER, R. B. (ed.). A Companion to North Africa in Antiquity. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2022, p. 119-141.
BRAUND, D. Greek geography and Roman Empire: the transformation of tradition in Strabo’s Euxine. In: DUECK, D.; LINDSAY, H.; POTHECARY, S. (ed.). Strabo’s Cultural Geography: the making of a kolossourgia. Cambridge: Cambridge University, 2005, p. 216-234.
BUSTAMANTE, R. M. C.; DAVIDSON, J.; MENDES, N. M. A experiência imperialista romana: teorias e práticas. Tempo, n. 18, p. 17-41, 2005.
CARLSEN, J. Roman imperial administration. In: HITCHNER, R. B. (ed.). A Companion to North Africa in Antiquity. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2022, p. 142-151.
CLARKE, K. Between Geography and History: Hellenistic constructions of the Roman World. New York: Oxford University, 1999.
COLE, S. G. ‘I know the number of the sand and the measure of the Sea’: geography and difference in the Early Greek World. In: RAAFLAUB, K. A.; TALBERT, R. J. A. (ed.). Geography and Ethnography: perceptions of the world in pre-modern societies. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p. 197-214.
DUECK, D. Geography in Classical Antiquity. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.
DUECK, D. Strabo of Amasia: a Greek man of letters in Augustan Rome. New York: Routledge, 2000.
DUECK, D. The geographical narrative of Strabo of Amasia. In: RAAFLAUB, K. A.; TALBERT, R. J. A. (ed.). Geography and Ethnography: perceptions of the world in pre-modern societies. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p. 236-251.
EIDINOW, E.; HORNBLOWER, S.; SPAWFORTH, A. (ed.). The Oxford Classical Dictionary. Oxford: Oxford University, 2012.
FUNARI, P. P. A.; GARRAFFONI, R. S. A aculturação como modelo interpretativo: o estudo de caso da romanização. Heródoto, v. 3, n. 2, p. 246-255, 2018.
GEOFFROY, A. S. Política, estrategia y pensamiento militar bajo los Antoninos (96–192). 2017. Tesis (Doctorado en Societat i Cultura) – Departament d’Història i Arqueología, Universität de Barcelona, Barcelona, 2017.
GOODMAN, M. The Roman World (44 BC–AD 180). London: Routledge, 1997.
GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2014.
HINGLEY, R. Globalizing Roman Culture: unity, diversity and empire. New York: Routledge, 2005.
HOBSON, M. S. Africa under the Roman Republic. In: HITCHNER, R. B. (ed.). A Companion to North Africa in Antiquity. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2022, p. 101-116.
HORDEN, P.; PURCELL, N. The Boundless Sea: writing Mediterranean history. New York: Routledge, 2020.
KORMIKIARI, M. C. N. O norte da África nos estudos contemporâneos: os caminhos a seguir. In: PORTO, V. C.; VASQUES, M. S.; TEIXEIRA-BASTOS, M. (org.). Arqueologia clássica no Brasil: reflexões sobre o Mediterrâneo Antigo. São Paulo: MAE-LARP/USP, 2023, p. 197-224.
LE ROUX, P. As cidades romanas do Magreb. In: PORTO, V. C.; VASQUES, M. S.; TEIXEIRA-BASTOS, M. (org.). Arqueologia clássica no Brasil: reflexões sobre o Mediterrâneo Antigo. São Paulo: MAE-LARP/USP, 2023, p. 57-76.
LIDDELL, H.; SCOTT, R. A Greek–English Lexicon. Oxford: Oxford University, 1996.
LIMA NETO, B. M. Bandidos e elites citadinas na África romana. Vitória: EDUFES, 2014.
LIMA NETO, B. M. Os líbios na África romana: novas perspectivas historiográficas a partir das escavações arqueológicas em Ghizar e no Fazzan. Revista Diálogos Mediterrânicos, v. 19, p. 3-21, 2020.
MASIP, V. Manual introdutório ao grego clássico para falantes de português. Recife: UFPE, 2008.
MATTERN, S. P. Rome and the Enemy: imperial strategy in the Principate. California: University of California, 1999.
MATTINGLY, D. J. Imperialism, Power, and Identity: experiencing the Roman Empire. Princeton: Princeton University Press, 2011.
MORALES, F.; SILVA, U. História Antiga e História Global: afluentes e confluências. Revista Brasileira de História, v. 40, n. 83, p. 125-150, 2020.
NICOLET, C. Space, Geography, and Politics in the Early Roman Empire. Ann Arbor: University of Michigan, 1991.
PECK, H. The treatment of Empire, civilization and culture in Strabo’s Geography. Atlas, v. 15, p. 8-14, 2017.
PRONTERA, F. Strabo’s Geography. In: BIANCHETTI, S.; CATAUDELLA, M.; GEHRKE, H-J. (ed.). Brill’s Companion to Ancient Geography: the inhabited world in Greek and Roman tradition. Leiden: Brill, 2016, p. 239-268.
RIBEIRO, A. M. A África na Geografia de Estrabão: a construção de paisagens egípcias, etíopes e líbias no Império Romano. 2022. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.
ROMM, J. Continents, climates, and cultures: Greek theories of global structure. In: RAAFLAUB, K. A.; TALBERT, R. J. A. (ed.). Geography and Ethnography: perceptions of the world in pre-modern societies. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p. 215-235.
SILVA, B. S. Estrabão e as Províncias da Gália e da Ibéria: um estudo sobre a Geografia e o Império Romano. 2013. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
TALBERT, R. J. A. The Roman worldview: beyond recovery? In: RAAFLAUB, K. A.; TALBERT, R. J. A. (ed.). Geography and Ethnography: perceptions of the world in pre-modern societies. Oxford: Wiley-Blackwell, 2010, p. 252-272.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Alaide Matias Ribeiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
a. Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
b. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a primeira publicação pela revista, com os devidos créditos.
d. Os textos da revista estão licenciados com uma Licença CC BY 4.0 Deed Atribuição 4.0 Internacional (CC BY).






















