O estoicismo vai às fronteiras

as relações entre romanos e bárbaros no pensamento de Sêneca (séc. I d.C.)

Autores

  • Cesar Luiz Jerce da Costa Junior Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.29327/

Palavras-chave:

Sêneca, Estoicismo, Fronteiras, Bárbaros, Citas

Resumo

Este artigo trata da construção retórico-argumentativa a respeito dos povos ditos “bárbaros” no pensamento filosófico de Lúcio Aneu Sêneca (4 a.C.–65 d.C.) e do modo como o autor entendia a complexa relação intercultural que se apresentava nas fronteiras do Império Romano, em especial aquelas dos rios Reno e Danúbio, onde habitavam germanos e sármatas. As referências aos não-romanos são frequentes em seus escritos; porém, sem caráter sistemático, de forma que compreendê-las em conjunto se faz necessário para se obter um quadro mais amplo acerca do assunto. A partir desses fragmentos discursivos, tentaremos compreender a maneira pela qual Sêneca via o mundo situado além dos tradicionais limes romanos, no contexto em que viveu, e em que medida os povos bárbaros poderiam fundamentar noções éticas próprias do estoicismo seguido pelo autor.

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Documentação textual

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Publicado

30-07-2025

Edição

Seção

Dossiê: Processos de expansão e integração territorial no Mediterrâneo antigo

Como Citar

O estoicismo vai às fronteiras: as relações entre romanos e bárbaros no pensamento de Sêneca (séc. I d.C.). Romanitas - Revista de Estudos Grecolatinos, [S. l.], v. 25, p. 141–159, 2025. DOI: 10.29327/. Disponível em: https://publicacoes.ufes.br/romanitas/article/view/44514. Acesso em: 16 nov. 2025.

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