Game Jams como produção político-cultural

a GameJamPlus sob ótica do marco legal dos jogos brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i2.47218

Palavras-chave:

game jams, game studies, políticas públicas, multidisciplinaridade

Resumo

Este artigo explora o impacto das Game Jams, com foco específico na GameJamPlus como uma plataforma de produção cultural, desenvolvimento de comunidades de prática e fomento à indústria de jogos no Brasil. A partir de dados quantitativos-qualitativos, analisa-se o papel das Game Jams na capacitação e profissionalização de empresas do setor, bem como sua influência na formulação de políticas públicas e editais de fomento para a cultura nacional. O estudo inclui entrevistas com Márcio Filho, influente na criação do Marco Legal dos Jogos no Brasil e Juliana Brito, CEO da GameJamPlus, para fornecer uma visão aprofundada das dinâmicas da indústria e da colaboração no desenvolvimento de jogos. A discussão é fundamentada em teorias de Game Studies relacionadas aos afetos, engajamento, imersão e cognição, alinhando perspectivas multidisciplinares das Ciências Humanas e das Ciências Sociais Aplicadas substancializadas como Educação e Comunicação.

Biografia do Autor

  • Caio Túlio Olímpio Pereira da Costa, Universidade do Estado da Bahia

    Professor do Curso Superior Tecnológico em Jogos Digitais da Universidade do Estado da Bahia; integrante do Coletivo Interdisciplinar de Pesquisa em Games. Doutor em Educação Matemática e Tecnológica pela Universidade Federal de Pernambuco.

  • Thays Pantuza, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Diretora Criativa na Zumbido Produções; Mestre em Tecnologias de Comunicação e Cultura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integrante do Coletivo Interdisciplinar de Pesquisa em Games e Embaixadora Women in Games. 

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Publicado

23-08-2025

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Game Jams como produção político-cultural: a GameJamPlus sob ótica do marco legal dos jogos brasileiro. (2025). Simbiótica. Revista Eletrônica, 12(2), 65-86. https://doi.org/10.47456/simbitica.v12i2.47218